29/11/07

BRIC-a Brac


Histórias de faca e alguidar

Beiju, mas não de Itapoan
Eis que chego ao fim da estrada

28/11/07

De profundis

Bom gosto do Barroco português... porra! São Jorge pode ser Gomgombira mas Gomgombira não é São Jorge concerteza.


Bahia Chuvosa,
Ele está eléctrico, electrizante, desgovernado, desemcabestrado, igual a ele mesmo...

Malade, completement malade,
je suis perdu,
je ne sais pas
ou te rencontrer
ou te rechercher
je te trouverais
il faut que tu me parles...
parle moi vite

Kao kabecile


Venham no natal que dou-vos o bolo rei e sem fava

23/11/07


Tenho esta viola numa mão
uma flor vermelha n'outra mão
tenha um grande amor
marcado pela dor
e quando a fronteira me abraçou
esta bagagem que encontrou
Eu vim de longe
de muito longe
o que eu andei p'ra'qui chegar
Eu vou p'ra longe
p'ra muito longe
onde nos vamos encontrar
com o que temos p'ra nos dar
E então olho à minha volta
vej0 tanta esperança andar à solta
que não posso exitar e os hinos que cantar
foram feitos do meu coração
feitos de alegria e de paixão

19/11/07

Breves NOTÍCIAS

O Caco chegou de Lisboa... diz que está frio... as casas estão frias... Veio animado, cheio de energia.

A semana passada foi particularmente intensa... e dura. Quinta-feira começou a micareta de Portão. O trio Bankoma saiu para cantar e eu fui atrás, a noite toda a dançar à chuva. Sexta-feira estava óptimo e sorridente. O povo da cozinha ficou sprachluss. Sábado fui de novo e dancei...

Letras das músicas pimba da referida micareta

...você não vale nada sai daqui piriguetona...

...toma madeirada,toma,toma...

...rebola gostosona...

...se acha gostosona mas ta toda barreada...


Haviam de ver moi meme dançando, gingando cantando... Sofia, oh pessoal o que aqui vai de água... Foi o que me valeu estes dias.




Livros,

Este livro trata dos horrores da Segunda Guerra Mundial sob a óptica do carrasco. São as memórias de Maximilien Aue, jovem alemão de origens francesas que, como oficial nazista, participa de momentos sombrios da recente história mundial - a execução dos judeus, as batalhas no front de Stalingrado, a organização dos campos de concentração, até a derrocada final da Alemanha, em 1944. Mas Aue não tem somente lembranças de guerra. Vivendo anonimamente na França, onde administra uma tecelagem, ele se recorda, também, de sua deturpada relação com a família, compondo um livro impressionante, assombrado tanto por sua fria meticulosidade quanto por seu delírio insano.

A minha querida chefe da ala comuna mandou-me este livro.Depois lhe direi... apenas lhe digo agora que tenho muitas saudades


JP Simões é o cantor / compositor responsável por alguns dos projectos mais originais da história recente da música Portuguesa: Belle Chase Hotel, Quinteto Tati, etc. Quanto a André Carrilho é um dos nossos mais conceituados ilustradores, com trabalho publicado internacionalmente (New York Times, Vanity Fair, etc.) e um rol de prémios arrecadados ao longo do tempo. Este pequeno livro reune 10 contos escritos pelo primeiro em 1996, "nas horas de expediente de um emprego idiota" e acompanhados de uma ilustração da autoria do segundo.Tematicamente próximo da Ficção Cientifica, todos os contos interrogam a importância da tecnologia face à sociedade e ao individuo. A escrita de Simões é fabulosa, poética e bem pensada (como já eram as suas letras), mesmo se por vezes os finais dos contos parecem um pouco apressados. Dá sem dúvida vontade de o ler em projectos de maior fôlego, apesar de aparentemente não estarem nos seus planos. Resumindo: apesar de curto (lê-se em 1/2 hora) é um livro muito simpático e belo.


O BRASIL, AH O BRASIL...

08/11/07

A SOPA KNORR....

05/11/07

Isto aqui Io, Io, é um pouquinho de Brasil, Ai Ai

O Brasil tem dias insuportáveis...pergunto-me se voltasse para Lisboa teria saudades. A minha inefável rolita, (rola que dorme de cabeça levantada,acorda como o morcego), escreveu este texto que é a cara da Bahia... Ela viveu cá dois anos.

Não tenho saudades, não
Não tenho saudades das taxas bancárias. Nem do preço dos frigoríficos; Dos crentes que batem o pé, se benzem e viram as costas a quem usa contas; De ouvir falar de dinheiro; Do stress nas filas. Ou de qualquer condutor; Do som alto; Das pilhas de garrafas de cerveja, em baixo das mesas da praia; Do sabor das batatas; Do ar condicionado nos cinemas; De carioca metido a besta; De acarajé; Dos deslumbrados com a «Óropa»; Do conservadorismo religioso; Da conscientização; Da maneira exagerada como falam com as crianças; Da banalização do verbo amar; Da celulite em asa delta; Do Terceiro Mundo como queixinha ou desculpa; Dos detergentes para lavar a loiça; Da demagogia psicopedagógica; Do Pastel de Belém do Habib’s; De comprar euros; Das muriçocas; Da escova progressiva; Do light, Zero ou «sem qualquer coisa»; Das vitrines das confeitarias sem Bolas de Berlim, Jesuítas ou Ducheses; Da Feira de São Joaquim; Das «Promoções» e das palavras com mais de cinco sílabas; Da culpa do português de há 200 anos; Do hino difícil de entender; Do camarão com dendém; Dos saltos agulha com jeans apertados ou a bermuda com meia; Do hálito a cerveja; Da sensação de estar sendo enganada; E, sobretudo, dos que vendem a alma ao diabo por um cisquinho de nada e dos que nos fazem sentir na obrigação de «ajudar» na compra de uma tv, para tirar um som em doze vezes ou trocar de celular, apenas porque pagamos o INSS e o FGTS ou porque nosso CPF está limpo.

Tenho saudades da cor dos dias. A segunda branca, a terça verde, a quarta vermelha, a quinta azul e a sexta «todo o mundo veste branco». E do sábado e domingo de todas as cores; Dos corpos bonitos, malhados. Sem cerimónia; Da disponibilidade para a farra; De ir para a praia só de toalha. E beber caipirinha, comer queijinho, cajú torradinho. E Arrumadinho, se quiser almoçar; Da minha praia, meu mar, meu rio. Oceano Atlântico. Rio Sapato. Minha Óxum, minha Yemanjá; Do sincretismo, do fantástico, das histórias, e das pessoas que vêem «gente por aí...»; Do meu Palio Adventure. E de minhas casas. E das suas varandas sala-de-jantar, onde os micos roubam fruta e dormem à sombra; Da Estrada do Coco. De um lado, o mar, de outro, a terra vermelha e a mata Atlântica; Do canto dos pássaros à minha janela; De Dona Gildete e seu António, meus avós bahianos, a quem peço a bênção. E da Lúcia, em Lúcia; Daquela humidade que só convida a namorar; Da palavra transar, e de todas as sacanagens que se podem dizer ao ouvido nesse falar; De dormir nua; De deitar na rede; Das Três Marias deitadas e do tamanho da lua; Das tempestades tropicais, onde parece que o céu vai desabar; Do sabor das mangas. Da feijoada, do mocotó, do feijão com arroz, da carne mal passada. Da pimenta e da farinha; Ah, e o Petit Gâteau da Parmalat? E a Paralela, à noite, voltando de Salvador? E que saudades dos barzinhos com música ao vivo. E de dançar, balançar; Das livrarias, dos livros cuidados, das capas bonitas. Da publicidade e dos «eslogans». Da música e dos poetas que entendo; De meu Exu, na porta, bebendo whisky pois não gosta de cachaça; Do réveillon todo branco na água do mar; Do sabor da maconha. Fraquinha, fresca, pura, com delivery por motoqueiro sarado; De ver o mundo de pernas para o ar; Do beija-flor que toda a manhã vem beber água com açúcar; Das oferendas ao mar e ao rio. Das lavagens na praia. Dos banhos no terreiro. E de minhas contas, amarelas e vermelhas; Do preço da carne; E que saudades do pão, de manhã, deixado no portão; Da depilação brasileira; De andar descalça; De não ter frio; Das sex-shops e dos motéis. Três horas, pernoite, diária, café da manhã; Do corte das calcinhas “Corpo e Arte”, de meu DarlingCalifon e dos cheirinhos da Natura; E das cantadas. Em qualquer lugar, em qualquer ocasião. Como sinto falta delas; E do cuidado com as unhas e o cabelo; Da pele bronzeada, macia; De me sentir mais mulher, mais bonita, desejada; Da sensação de uma vida em férias, e do tempo que passa devagar; Do meu cachorro Totó que ficou por lá. E de outras coisas... inconfessáveis. Tudo o resto é igual. Viver aqui, lá, na China ou no Uruguai.


Ó SOFIA, achas que a Pipa se vem?

Ó Maluca Mamona, deixaste o tô marido pra te meteres com o Oliveira?

O Nemo foi promovido...o seu primeiro namorado é Bispo do Porto...
Deixa lá, vais morar para Queluz... eu dou-te a Knorr...

02/11/07

Dia de Finados

O Dia de Finados é o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. É o Dia dos ancestrais porque amar é sentir que o outro não morrerá nunca.
É celebrar essa vida eterna que não vai terminar nunca. Pois, a vida viver em comunhão íntima com Deus, agora e para sempre. seja sob que forma for.
Desde o século I, os cristãos rezam pelos falecidos; costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio.
No século IV, já encontramos a Memória dos Mortos na celebração da missa. Desde o século V, a Igreja dedica um dia por ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém se lembrava.
Desde o século XI, os Papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia por ano aos mortos.
Desde o século XIII, esse dia anual por todos os mortos é comemorado no dia 2 de novembro.

O Dia de Todos os Mortos celebra todos os que morreram e não são lembrados na Igreja.

De todas as formas o culto dos ancestrais é comum a todas as religiões.
O candomblé cobre os Inkisses e guarda resguardo,os Hindus fzem oferendas e ate os Persas oferecima sacrificos a Baal.
Nos dias modernos aqueles que lembaramos com saudade e por isso cultuamos não morrem nunca.


REQUIESCAT IN PACEM

SITI TERRA TIBI LEVIS

01/11/07

Cheguei à Bahia no dia de Todos os Santos

Dia de Todos os Santos é o dia em que se celebram aqueles que são santos mas apenas DEus conhece e não constam do calendário. É também chamado o verdadeiro tesouro da Igreja.
Amanhã celebram-se as almitas do Purgatório... aquelas que estão à porta e não entram... (isso lembra-me outras coisas, mas enfim.)

O VERÃO CHEGOU ....MUITAS DIFICULDADES, MUITAS ALEGRIAS, MUITAS TRISTEZAS E SOBRETUDO VONTADE DE ESTAR BEM...

Frei José Augusto Mourão, O.P, professor da Universidade Nova e um grande pensador,
disse-me uma vez que indagar se alguém era feliz, era no mínimo uma pergunta obscena...
A felicidade não existe.Ela sabe a mel e escorre, pelos dedos... tal como o mel. Nunca se saboreia.
Há uma mulherzita no Brasil, chamada Marília Gabriela (ainda falam da Ruth Marlene), que entrevistou um psicoterapêutico, psiquiatra ou qualquer outra dessas coisas, nos raros momentos em que ela o deixou falar, afirmo ele que tomava um tranquilizante e ia descansar em casa, sempre que tinha uma boa notícia. Assim, segundo ele, não tem o efeito imediato de entrar em fase descendente e de insatisfação. Só após vais lamber esse mel dos dedos.


A Baía de Todos os Santos é a maior baía brasileira e está localizada no estado da Bahia.
Foi nominada em 1501, quando uma expedição portuguesa foi enviada para reconhecer as novas terras descobertas um ano antes por Pedro Álvares Cabral.
Era o dia 1 de novembro, Dia de Todos os Santos, de acordo com a religião católica.
Comandada por Gaspar de Lemos, acompanhado por Américo Vespúcio, cartógrafo e escritor que daria nome a todo o continente, passou a nomear todos os acidentes geográficos de acordo com os santos dos dias onde os mesmos eram identificados - cabendo à baía, local mais tarde escolhido para ser fundada a cidade que seria a sede da primeira capital brasileira - Salvador.
Graças