05/06/07


Com que voz chorarei meu triste fado,

que em tão dura paixão me sepultou.

Que mor não seja a dor que me deixouo tempo,

de meu bem desenganado.

Mas chorar não estima neste estado

aonde suspirar nunca aproveitou.

Triste quero viver, poi se mudou

em tisteza a alegria do passado.

Assim a vida passo descontente,

ao som nesta prisão do grilhão duro

que lastima ao pé que a sofre e sente.

De tanto mal, a causa é amor puro,

devido a quem de mim tenho ausente,

por quem a vida e bens dele aventuro.

Sem comentários: