19/05/07

Schopanauer e puré de batata










Perguntaram-me ontem se temia ficar velho.

Deram-me 45 anos.
Cheguei a casa e ouvi o hino de São Tomás de Aquino-"Media Vita Mortem Sumus",( a Meio da vida a Meio da Morte,numa tradução livre), cantado pelos monges beneditinos da Abadia de São Domingo de Silos.
Não,não tenho medo.



Decidi ler Shoppanauer,

"...Cada vez que respiramos,afastamos a morte que nos ameça(...)No final,ela vence,pois desde o nascimento ela é o nosso destino e ela brinca com a sua presa antes de comê-la.Mas continuamos a viver com o mesmo interesse e inquietação pelo maior tempo possivel,da mesma forma que sopramos uma bola de sabão até ficar bem grande, na absoluta certeza de que vai estourar..."

Os estoicos sempre tiveram a morte bem presente- "Começamos a morrer quando nascemos... Onde estou a morte não está, e onde ela está não estou",como ironizava Epicuro.
Não,não tenho medo de ficar velho.

Na verdade somos muito velhos, muito antigos,com uns andarilhos muito inquietos,que me dão ( a mim sozinho) muito trabalho.





Schoppnauer-Arthur Schopenhauer (Danzig, 22 de Fevereiro 1788 — Frankfurt am Main, 21 de Setembro 1860) foi um filósofo alemão do século XIX da corrente irracionalista. Sua obra principal é O mundo como vontade e representação, embora o seu livro Parerga e Paraliponema (1851) seja o mais conhecido. Schopenhauer foi o filósofo que introduziu o Budismo e o pensamento indiano na metafísica alemã. Ficou conhecido por seu pessimismo e entendia o Budismo como uma confirmação dessa visão. Schopenhauer, considerou ser a Vontade a última e mais fundamental força da natureza, que se manifesta em cada ser no sentido da sua total realização e sobrevivência .Combateu fortemente a filosofia hegeliana e influenciou fortemente o pensamento de Friedrich Nietzsche.












Gula Santa





Iniciou-se ontem o novo cardápio de Outuno.


Dia de stress, funfum e gaitinhas.

Tive um cliente ao almoço que me mandou chaamar à cozinha.


Disse ele:


-Isto deve ser coisa de português (risada geral).


-Pedi mais vinho e trouxeram-me outro copo....Agora tenho dois copos.





RESPONDI-LHE.


-É coisa de português,sim.


-Cada garafa de vinho tem um respirar próprio, e um tempo de abertura e aromatização.


-Uma pérola apenas em cada copo,muitas pérolas para um apreciador.





Foto do Restaurante.

Hoje acordei sem cu para açordas,mas sobretudo não suporto o puré de batata, o celebre Pirê,como dizem aqui.

Não tenho passe-vite e o liquificador faz uma merda...

Enfim briguei com a Dóris logo de manhã..sem necessidade.

VIVA O PURÉ ,CARALHO! (escrito depois dos comprimidos)


1 comentário:

Anónimo disse...

um pouco de refinamento faz bem: diz-me pire na Bahia porque aprendemos a usar o U em som francês, ou seja,pu (ui) rè. Voilà, cherie.