21/05/07

AUGUSTA E NOBRE ORDEM MACONICA

Livro recem publicado sobre a Maconaria na minha terra.
Parabens.
Agradeco ao Ir:. que mo enviou.




ENCONTRO DE GENTE LIVRE E PENSADORA,

No passado dia 5, o Grande Oriente Lusitano realizou o


Encontro Internacional de Lisboa - Religiões, Violência e Razão,


de la sairam escritos interessantes sobre os fundamentos essenciais do diálogo inter-religioso.


Crentes, agnósticos, ateus vivem no mesmo mundo, cuja realidade ambígua exige interpretação. Ora, como nota o teólogo Andrés Torres Queiruga, não é porque se é crente, agnóstico ou ateu que se interpreta o mundo de uma determinada maneira; pelo contrário, é-se crente, agnóstico ou ateu, porque a fé ou a não crença aparecem ao crente e ao não crente, respectivamente, como a melhor forma de interpretar o mundo comum. É neste horizonte que se enquadra o diálogo entre as religiões, com quatro pilares fundamentais.


1. Desde que se não oponham ao Humanum, pelo contrário, o afirmem e promovam, todas são reveladas e verdadeiras, o que não significa que sejam iguais.


2. Todas são relativas, num duplo sentido. São relativas porque nasceram num determinado contexto geográfico, social, económico e até religioso. São relativas também no sentido de que estão todas referidas ao Sagrado, mas nenhuma o diz plena e adequadamente. Precisamente por isso, devem dialogar para melhor tentarem dizer o Mistério que a todas reúne e transcende.Assim, o diálogo inter-religioso não se impõe apenas pragmaticamente, para evitar a violência, nem é simples tolerância, que ainda diz, subtilmente, superioridade face ao outro tolerado. Ele é exigido pela própria compreensão autêntica do que significa ser religioso, portanto, em relação com o Sagrado Infinito, que nenhuma religião nem mesmo todas juntas podem dizer.Precisamente porque é necessário salvaguardar a transcendência do Sagrado, impõe-se a separação das Igrejas e do Estado. A distinção entre a esfera política e a esfera religiosa não é decisiva apenas em ordem à paz e à convivência pacífica entre todos os cidadãos. É exigida pela religião, que tem consequências políticas, mas não pode aceitar que o Sagrado seja transformado num ídolo político ou instrumentalizado para legitimar interesses económico-políticos.Torna-se claro que é necessário tirar outra consequência fundamental. Se as diferentes religiões nascem num determinado contexto histórico, geográfico, cultural, moral e até religioso, isso também implica que os textos sagrados das diferentes religiões não são ditados de Deus e, por conseguinte, não podem ser lidos literalmente - exigem uma leitura histórico-crítica.Ao contrário do que possa pensar-se, isto não significa de modo nenhum relativismo, pois é de perspectivismo que se trata. O relativismo implica negação da verdade. O perspectivismo, ao contrário, afirma a verdade, mas sempre presente ao Homem em várias perspectivas.


3. Deste diálogo fazem parte todos os seres humanos, também os ateus. Por duas razões fundamentais. Em primeiro lugar, porque o que, antes de mais, nos une a todos é a humanidade e o que se refere à Humanidade. Ora, também a religião e as religiões são questão da Humanidade. Depois, porque foram e são eles - os ateus e os agnósticos - que podem prevenir para o perigo da superstição e da desumanidade das religiões.


4. Se a religião e as religiões estão ligadas ao Mistério, ao Sagrado, que tudo penetra e envolve, o respeito pelo outro ser humano, crente ou ateu, e a salvaguarda da criação, não são algo acrescentado à religião - são exigidos pelo seu próprio dinamismo. Critério decisivo da religião verdadeira é o ethos a favor de todo o Homem e do Homem todo. Seria levado a pensar que é neste sentido que as Constituições dos Franco-Maçons, 1723, declaram: "Embora nos tempos antigos os maçons fossem obrigados, em cada país, a ser da Religião, qualquer que ela fosse, desse país ou nação, julga-se agora mais conveniente obrigá-los apenas àquela Religião com a qual todos os Homens concordam, deixando a cada um a sua opinião particular, isto é, serem Homens bons e verdadeiros, ou Homens de Honra e Honestidade, quaisquer que sejam as denominações ou crenças que os possam distinguir."



O SAPIENTISSIMO GRAO-MESTRE TEM-ME SURPREENDIDO POSITIVAMENTE,

A Maçonaria liberal mundial, representada no nosso país pelo Grande Oriente Lusitano, pretende entrar, com o estatuto de observador, na Organização das Nações Unidas. No horizonte dos pedreiros livres adogmáticos, reunidos até amanhã num hotel de Matosinhos, estão também instâncias da União Europeia.No primeiro dia do encontro, à porta fechada, do CLIPSAS, entidade criada há 45 anos que congrega obediências maçónicas de 56 países, a possível participação da Maçonaria na ONU foi um dos temas principais, debatido por maçons que vieram até Matosinhos em representação de cerca 40 países. Hoje, a assembleia-geral escolhe o novo presidente da organização.Tejerina Ascension, antiga grã-mestra da Maçonaria espanhola, é responsável pelo dossier sobre a pretensão do CLIPSAS (Centro de Ligação e Informação das Potências Maçónicas do Apelo de Estrasburgo) participar, como organização não governamental, nas Nações Unidas. O pedido, refere, já foi apresentado em Nova Iorque. "Agora esperamos que nos considerem como observador", diz Tejerina Ascension.A Maçonaria liberal, devido aos princípio que defende, como a liberdade, igualdade e fraternidade, pode ser uma mais-valia no papel de observador na ONU em matéria de Direitos Humanos", sublinha a antiga grã-mestra da Grande Loja Simbólica de Espanha. António Reis, do Grande Oriente Lusitano, subscreve a posição . "Temos todo o interesse em estar presentes nessa organização mundial: a Maçonaria terá uma palavra a dizer sobre os grandes problemas do mundo, em nome dos seus valores éticos e cívicos".Segundo o grão-mestre do Grande Oriente Lusitano, da reunião dos maçónicos liberais em Matosinhos vão sair importantes conclusões no plano organizativo e da comunicação. E isso, permitirá, a curto prazo, "concretizar o velho desejo de estar presente nas Nações Unidas".Os maçónicos liberais e adogmáticos que, ao contrário da Maçonaria regular, admite entre os seus membros ateus e agnósticos, quer exercer também influência "em instâncias da União Europeia (UE) e noutras organizações internacionais", diz o maçon português.A nível da UE, lembra Tejerina Ascension, existe já um organismo chamado "Espaço Maçónico Europeu, "mas está ainda no seu início: tem apenas pouco mais de um ano e meio". A antiga grã-mestra espera, no entanto, que a influência e a opinião deste grupo se faça sentir, "num tempo breve", no interior das principais instituições comunitárias.Do encontro dos maçónicos em Matosinhos, organizado pelo Grande Oriente Lusitano, sairá um novo presidente do CLIPSAS. Ontem, ao fim da tarde, eram apenas conhecidos dois candidatos ao lugar que Gabriel Nzambila, maçon do Congo, desempenha há três anos. Mas até ao início da assembleia-geral, hoje de manhã, podem surgir novos candidatos.Os pedreiros livres portugueses, garante António Reis, não entram nesta corrida. No entanto, consoante o candidato vencedor, "não está excluída a presença" de um membro do Grande Oriente Lusitano numa das presidências deste organismo mundial maçónico.








Há um grande movimento na Europa hoje, chamado Slow Food.


A Slow Food International Association - cujo símbolo é um caracol, tem sua base na Itália


(o site é muito interessante. Vejam-no!). http://www.slowfood.com/


O que o movimento Slow Food prega é que as pessoas devem comer e beber devagar, saboreando os alimentos, "curtindo" seu preparo, no convívio com a família, com amigos, sem pressa e com qualidade.


A ideia é a de se contrapor ao espírito do Fast Food e o que ele representa como estilo de vida em que o americano e os paises ditos desenvolvidos se movem. A surpresa, porém, é que esse movimento do Slow Food está servindo de base para um movimento mais amplo chamado Slow Europe como salientou a revista Business Week numa edição europeia.


A base de tudo está no questionamento da "pressa" e da "loucura" gerada pela globalização, pelo apelo à "quantidade do ter" em contraposição à qualidade de vida ou à "qualidade do ser". Segundo a Business Week, os trabalhadores franceses, embora trabalhem menos horas (35 horas por semana) são mais produtivos que seus colegas americanos ou ingleses. E os alemães, que em muitas empresas instituíram uma semana de 28,8 horas de trabalho, viram sua produtividade crescer nada menos que 20%. Essa chamada "slow atitude" está chamando a atenção até dos americanos, apologistas do "Fast" (rápido) e do "Do it now" (faça já). Portanto, essa "atitude sem-pressa" não significa fazer menos, nem ter menor produtividade. Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais "qualidade" e produtividade" com maior perfeição, atenção aos detalhes e com menos "stress . Significa retomar os valores do estar juntos da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer, das pequenas comunidades, do "local", presente e concreto em contraposição ao "global" - indefinido e anonimo. Significa a retomada dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do cotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião e da fé. Significa um ambiente de trabalho menos coercitivo, mais alegre, mais "leve" e, portanto, mais produtivos onde seres humanos, felizes, fazem com prazer, o que sabem fazer de melhor.


Na altura em que ando as costas,ou melhor com a cabeca no Schopanauer,que se bastava a si proprio, procuro pequenas gratificacoes ,pequenos moementos saboreados.


Viva o Slow.




P.S


Abro excepcao para, num dia de aperto, uma rapidinha mas, todos sabemos que nao e grande coisa...


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