23/06/06

SolstÍcio de INVERNO/VERÃO a Vida renova-se


Faz sentido comemorar em pleno século XXI as festas do Sol e da Luz,nos solstícios de Verão/Inverno?


Claro que sim!

No tempo cíclico podemos renovar-nos e reencontar-nos, posicionar-nos para captarmos o que de bom a vida nos traz.




Em Astronomia, o Solstício de Inverno é o momento em que a Terra está no ponto da sua órbita em que um dos Pólos da Terra está mais afastado do sol . Ocorre, no hemisfério Norte, a 21 de Dezembro e no Hemisfério Sul, a 24 de Junho,esta noite portanto.
O Solstício de Inverno é o primeiro dia de Inverno. No Calendário Chinês, por exemplo, o Solstício de Inverno chama-se dong zhi (chegada do Inverno) e é considerada uma data de importância extrema, visto ser aí festejada a passagem de ano.
Até à conversão do Império Romano ao cristianismo todas as releigiões antigas e todos os detentores dos mistérios antigos, iniciáticos, celebravam este grande movimento do SoL, filho da Luz, garante da fertilidade e da prosperidade.
Nas regiões do Antigo Egipto os rituais solares oucupavam longos dias nos dois solstícios.

Nos Medos, era a noite escolhida pelas virgens para perderem a virgindade e serem fecundadas.
O solsticio é a festa da renovação da terra, da fertilidade, da plantação e da colheita.
O solstício é também a festa da partilha.Os homens das religiões antigas comiam e bebiam juntos, como sinal de que a fartura da Terra chegava para todos..

O Cristianismo alterou profundamente este significado com uma simples introdução:
-Cristo é o Sol da Humanidade e por isso celebramos os seu nascimento na data do solstício.
Que metamorfose... Passou apenas a interessar o nascimento do Messias.Com a chegada dos tempos medievos,o saber antigo passou mesmo a ser considerado coisas do diabo.

O saber antigo solsticial foi assim sendo remetido para o secretismo e para o saber iniciático.
Os Templários, e mais tarde a Maçonaria guardaram, por razões diferentes, o saber das celebrações solstíciais.


Nos cavaleiros do Templo de Jerusálem desde o século X que foram incorporados os rituais de Luz-Gnose, Fogo-Pureza, limpeza abrasadora e renovadora..O ritual de SÃO JOÃO, O BATISTA , que no deserto anunciou nova vida, verdadeiro descendente de David, o Ungidoé o prenúncio da Luz.


Aqui na Bahia em todas as portas se acendem fogueiras em pira, que sobem e renovam a Luz contra as Trevas que ameaçam chegar.

Espalha-se arroz e sementes pelo chão e pela cabeça daquelas que estão maduras.
Tudo se renova.

Queima-se o velho, guarda-se novo e com o fogo sagrado e abençoam-se pessoas e casas.

Na Maçonaria por outro lado enfatizou-se o ritual dos ÁGAPES e nele o ideal de fraternidade comunitária.
Sentam-se à mesma mesa todos os maçons, independentemente da sua condição racial ou social. O único critério é que os Irmãos o reconheçam como tal. Come-se à mesa com os Irmãos.
Em cada mesa sentam-se por ordem ritual todos os convivas.
Celebra-se a partilha e chega para todos.
Durante esse banquete também se louvam as qualidades dos outros pedindo longa vida e que o Saber ,a Luz não se deixe cobrir pelas Trevas.

Na Bahia o São João, Xangô, orixá do poder,do trovão e da justiça é enaltecido tambem esta noite.
Vem-me à lembrança a minha infancia:
- Ai repenica,repenica,repenica,
- Ai são João a mijar em bica...

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