30/04/08

Revolução

Tenho andado por estes dias a pensar que sentido faz hoje o 25 de Abril, aliado a um momento muito especial da minha vida em que a forma como estou habituado a viver se alterou de forma radical por força da Bahia-de-Todos-os-Santos. Não há 25 de Abril ou a Revolução sem que se corte a cabeça ao Império do Deus Dinheiro, em lugar de ir a correr negociar com ele no dia seguinte à Insurreição, e que parta a espinha ao Grande Poder e à Grande Religião, em lugar de ir a correr ocupar os respectivos trono e altar. Não há Revolução a sério, enquanto não se não for capaz de fazer isto. Esta constatação soa a loucura e a utopia. Alegra-me o íntimo da consciência: só quem escolher ser pobre e permanecer pobre a vida inteira e entre desarmado neste combate, nesta Insurreição-Revolução, é que poderá levar por diante um Abril assim, uma Revolução assim. Esta é a via de se fazer revolução, a interior e a que mudará os outros.
A vida não está fácil.

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá R!
Se for dinheiro o que precisas serás capaz de o conseguir. Mas não é, penso, e espero que não me engane. Mesmo assim ele virá. O suficiente.
Outros voos.
3A,
Antero