03/04/07

ECCE LIGNUM CRUCIS IN QUO SALUS MUNDI

A Semana Santa é um período religioso do Cristianismo e do Judaísmo que celebra a subida de Jesus ao Monte das Oliveiras, a sua crucificação e a sua ressurreição. Inicialmente, os cristãos celebravam a Páscoa em apenas um dia e ocorria a cada domingo. Mas, já no século II, eles passaram a escolher um domingo especial e, em cada ano, celebravam a Páscoa, ou seja, a Ressurreição de Jesus. Foi inevitável que fosse utilizado o período da Páscoa judaica, que ocorre no 14º dia do mês de Nisan. Considerando que Jesus ressuscitou no domingo, veio a se estabelecer que a Páscoa cristã é celebrada no primeiro domingo depois da primeira lua cheia da primavera. No século IV, algumas comunidades cristãs passaram a vivenciar a paixão, a morte e a ressurreição, o que exigia três dias de celebração, consagrados à lembrança dos últimos dias da vida terrena de Jesus. Jerusalém, por ter sido o local desses acontecimentos, é que deu início a essa tradição seguida pelas demais igrejas. Assim a sexta-feira comemora especialmente a morte de Jesus, o sábado era o dia de luto e o domingo era a festa da ressurreição. Na medida em que os cristãos cresciam em número, necessitaram de organizar e estabelecer datas para festa da Ressurreição. Assim ocorreu uma re-significação daquela festividade, embora mantendo o seu sentido primeiro de libertação. Para os judeus, a Páscoa é a celebração da libertação da opressão a que estavam submetidos no Egito, de onde saíram sob a liderança de Moisés; para os cristãos, a Páscoa celebra a libertação da opressão do pecado, uma vez que se sentiam resgatados pelo sacrifício de Jesus. Com o passar dos tempos, os cristãos foram estabelecendo rituais objetivando tornar acessível a todos, através de gestos litúrgicos, o sentido daquele tríduo que se transformou em uma semana com a introdução da celebração do Domingo de Ramos, por volta do século 4. Essa festa foi se tornando uma das mais populares do catolicismo e, em torno daqueles ramos empunhados pelos fiéis em procissão, tem surgido uma infinidade de pequenas crendices, como a sua utilização para a feitura de chás curativos. Em algumas regiões esses ramos ressequidos durante o ano são utilizados para a produção da cinza que é posta na fronte dos fiéis na quarta-feira que encerra o carnaval, a quarta-feira de cinzas, e dá início à Quaresma. Ao longo da Idade Média, a Semana Santa foi acrescida de novos rituais. Um desses foi a cerimônia do Lava Pés que ocorre na quinta feira à tarde. É a teatralização de um acontecido durante a Ceia de Páscoa, que Jesus celebrou com os seus seguidores mais próximos, uma experiência didático-pedagógica para aqueles que não tinham acesso aos escritos evangélicos. Por seu aspecto visual e dramático, adequou-se ao gosto popular e vem se tornando mais importante do que as reflexões que os cristãos devem fazer naquela ocasião. No período medieval, surgiu um outro ritual, a espoliação do altar, ou seja, a retirada das toalhas e utensílios que foram utilizados, e as hóstias são transladadas para um altar lateral onde podem ser veneradas. Esse rito é uma alegoria do fato de que, na antiguidade, quando ainda não havia os templos, a cada celebração, eram postas antes e retiradas após a cerimônia, as toalhas sobre a mesa que servia como altar. Um outro ritual, que também ocorre na quinta-feira, este pela manhã, é a missa da Bênção dos Óleos, utilizada para representar a unidade do clero em torno do bispo local, ao mesmo tempo em que demonstra a sua catolicidade. Os ritos da sexta-feira lembram a morte de Jesus. Nesse dia, não ocorre a celebração da missa, apenas são feitas leituras e a adoração da cruz.




Bizâncio, final do século X - início do século XI




Marfim 22 x 13 cm

A PAIXAO TAMBEM TEM BELEZA...

Esta placa com Cristo morto na cruz, ladeado pela Virgem e S. João, teria servido como painel central de um tríptico, destinado à devoção privada e posteriormente adaptado a placa de encadernação. Embora a prática de fixar placas de marfim em encadernações fosse desconhecida em Bizâncio, muitas destas placas eram enviadas para o Ocidente como presentes diplomáticos e aí desempenhavam novas funções ao serem incorporadas nas encadernações de luxo de preciosos manuscritos. A tipologia das figuras e a composição da placa é declaradamente bizantina, mostrando, todavia, influências helenísticas e, em menor grau, das culturas asiáticas. O abdómen saliente do Cristo, é, por exemplo, uma herança anatómica dos gregos, enquanto a anatomia do tórax, com peitorais, externo e costelas salientes provém dos assírios. O rosto de Cristo, com barba e cabeleira de longas madeixas que caem sobre os ombros, é herança síria, tal como a presença da lua e do sol nos lados da cruz. A afinidade desta placa com muitas outras da mesma época, explica-se pela produção em série dos mesmos motivos, feita por artesãos e não por artistas, e destinada a uma clientela abastada mas pouco exigente em termos de originalidade.



Era da colecção do Senhor Gulbenkian e pode ser vista no Museu da Fundação com o mesmo nome.










Para comer nestes dias de abstinencia:




Bacalhau de Sao Bento




Dessalgar o bacalhau e dividi-lo em lascas; descascar batatas cruas e cortá-las em rodelas.
Deitar num tacho uma camada de rodas de cebola, um ramo de salsa, rodas de dentes de alho, cravo de cabecinha, pimenta, uma camada de bacalhau e uma de rodas de batatas; cobrir tudo com azeite fino e levar o tacho tapado a lume brando, agitando-o até que o bacalhau esteja cozido.







Para beber,excepto na sexta-feira da paixão que é dia de água pura:




-"Bacalhau não é peixe nem carne; bacalhau é bacalhau". Por isso, ao escolhermos o vinho para acompanhar os pratos de bacalhau, não podemos aplicar as regras clássicas, devido às suas características exclusivas e porque a escolha depende muito do modo como o bacalhau é preparado.
Em "Comer e Beber Bem com Eça de Queiroz" vem escrito:




"Em Portugal é tradicional acompanhar os pratos de bacalhau com vinho tinto. Este "casamento" feliz explica-se pela ação do tipo de sabores frutados presentes nos vinhos tintos que, dando-nos uma sensação gustativa indireta da doçura, amenizam o gosto "oposto" salgado do bacalhau.Para receitas mais condimentadas de bacalhau, é também vantajosa a existência dos aromas que se formam durante o envelhecimento em garrafa, que se ligam com outros temperos. (...) vinhos alentejanos de boa estrutura e com um envelhecimento curto em garrafa apresentam estas características."
Outros pratos mais leves, especialmente os que são compostos por legumes onde o bacalhau é moderadamente salgado, podem sem acompanhados por um vinho branco estruturado, como alguns do Dão envelhecidos .
Vinhos verdes só os tintos, e mesmo assim acompanhando os famosos "pasteis de bacalhau":"Com esta escolha pretendemos que o dominante gosto salgado e os sabores do bacalhau e cebola fritos desta receita sejam equilibrados pela elevada acidez e os aromas florais do vinho".










Para Ouvir,


Dans ce CD, vous trouvez réunis certains chants typiques du temps de Pâques et de la fête de l’Ascension, selon la tradition byzantine slave. Le temps de Pâques et la fête de l’Ascension sont comme un seul grand jour de fête où le Christ, Fils de l’homme et Fils de Dieu, se tient présent parmi ses amis, les fils des hommes, pour les préparer à devenir pleinement Fils de Dieu. Les chants qui caractérisent cette période entremèlent les sentiments de joie, de soulagement, de triomphe, d’amour et de tendresse amoureuse.



Para ler:







O Evangelho de Judas Durante 1600 anos, a mensagem de Judas ficou perdida. Quando as páginas de papiro encadernado deste evangelho desaparecido finalmente chegaram às mãos de estudiosos capazes de desvendar seu significado, causou assombro. Ali estava um texto que não se via desde os primeiros tempos do cristianismo, e que pouquíssimos especialistas acreditavam existir ? um evangelho narrado da perspectiva de Judas Iscariotes, o traidor supremo da história. E, longe de ser um vilão, o Judas que emerge destas páginas é um herói. O livro Evangelho de Judas foi traduzido do original em copta e transformado em prosa clara. Ele vem acompanhado de comentários que explicam sua história fascinante no contexto dos primórdios da Igreja, oferecendo uma maneira completamente nova de compreender a mensagem de Jesus Cristo.

PARA A MINHA AMIGA MARIA JOSE CAMPOS uma especial lembraca para que se nao esqueca de que a confissao tem obrigatoriedade.

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