09/09/06

CARLOTA JOAQUINA-RAINHA (minha ) AMADA


Feia,porca e má ,Carlota Joaquina é uma das minhas personagens históricas favoritas.É muito desprestigiada aqui no Brazil,soretudo por ignorância e por uma mini-série chamada o "Quinto dos Infernos",com intuitos manipuladores bem claros:
-todas as desgraças brasileiras têm uma origem inelutável portuguesa.Por isso os actuais governantes brasileiros trabalham muito para repapar essas injustiças.
CarlotA Joaquina foi uma grande rainha.Educada para ser rainha absolutista,,em que o poder lhe vinha por nascimento directamente de Deus,não aceitou a mudança da própria História para rainha constitucional,em que o poder reside no povo,administrado pelo rei com a graça de Deus.
Lutou contra o que cosiderava ser uma usurpação da ordem natural do mundo.
Adorou o Brasil.Tinha um projecto politico pessoal.Era inteligente,feia,astuta e quente.
D. Carlota Joaquina não se resignava à inacção política a que se via condenada, decidida, como estava, a dominar como soberana; e começando a lavrar no Rio da Prata os primeiros sintomas de emancipação, concebeu o projecto de levantar para si um trono nas províncias espanholas da América, ou pelo menos, de governar como regente em nome de seu irmão Fernando VII. Auxiliada pelo vice-almirante inglês Sydney Smith, e não encontrando oposição em seu marido, foram enviados agentes ao Rio da Prata, onde formaram um grande partido. As intrigas principiaram então a desenvolver-se mais cruéis e enredadoras. O ministro inglês, lorde Strangford, insinuou a D. João que o vice-almirante lhe desonrava o tálamo conjugal. D. João pediu logo para Londres transferência do vice-almirante. Satisfeito o seu pedido, Sydney Smith retirou-se, vindo substitui-lo o almirante de Courcy. No entretanto, as divergências eram enormes. No próprio governo havia correntes muito opostas. D. João, cada vez mais abatido e com medo da mulher, pedia que não a contrariassem sempre que as suas exigências não fossem impossíveis de satisfazer. Anulados afinal os planos da rainha, nem assim ela esmoreceu. Procurou ser agradável aos castelhanos, e conseguir, na falta de seu pai e irmão, prisioneiros em Franca, ser nomeada regente de Espanha, e vir talvez a ser a herdeira de Carlos IV, abolindo-se a lei sálica que vigorava na monarquia. Para realizar o seu projecto, teve de sustentar uma acerba luta com o embaixador inglês, tendo a astúcia de alcançar que o governo da regência lhe permitisse enviar secretamente ao general Elio, que estava em Montevideu, víveres e dinheiro, para o que não hesitou em vender as suas próprias jóias. Afinal, e visto não ser possível narrar detidamente as variadas peripécias desta luta de orgulhos e de ambições, o sonho que tanto seduzira D. Carlota Joaquina dissipou-se. Viveu alguns anos afastada da política, sempre separada de seu marido, que então, já havia sido aclamado rei, por ter falecido D. Maria I em 1816, até que a revolução do Porto em 1820, que trouxe para a Europa a família real, pôs novamente em evidência a rainha, reunindo algum tempo os dois esposos.
Aliada aos frades, aos nobres, aos que se mostravam pouco simpáticos ao novo regime, urdia a conspiração chamada da rua Formosa, destinada a obrigar o rei a abdicar e a destruir a Constituição. Falhando esse plano, as cortes de 15 de Maio de 1822 decidiram deportar a rainha para o palácio do Ramalhão,(onde mandou pintar em todas as salas paisagens brasileiras para matar suadades deste país onde foi feliz e fogosa) por ela se recusar a jurar a Constituição, alvitre que ela aceitou com júbilo, pois lhe permitia continuar a sua obra perturbadora. Neste retiro tramou ainda a queda da Constituição; e servindo-se do infante D. Miguel, que ela educara, e com quem vivia intimamente, conseguiu realizar o movimento conhecido por Vilafrancada em 26 do referido mês de Maio. Derrubada a Constituição e dissolvidas as cortes, foi levantado o desterro da rainha, e o próprio D. João VI a foi buscar à quinta do Ramalhão, conduzindo-a ao paço da Bemposta. Pouco tempo, porém, durou a harmonia entre os dois esposos, porque a rainha mudou a sua residência para Queluz, e tornou-se cabeça do partido absolutista que dentro em pouco promoveu a Abrilada (V. este nome) a 30 de Abril de 1824. Tendo a rainha tomado parte activa e manifesta nesse movimento, quando D. João VI, apoiado nos embaixadores francês e inglês, se decidiu a mandar sair do reino o infante D. Miguel, ordenou que sua mulher se recolhesse ao paço de Queluz, e nunca mais aparecesse na corte. A 10 de Março de 18211 faleceu D. João VI, tendo previamente nomeado uma regência presidida por sua filha, a infanta D. Isabel Maria, e composta do cardeal patriarca, duque de Cadaval, marquês de Valada, conde dos Arcos e os seus ministros de Estado. D. Carlota Joaquina durante o governo de D. Miguel, que se seguiu, auxiliou-o quanto pôde, vindo a falecer pouco tempo depois.
Instituiu uma ordem exclusivamente destinada às senhoras, com a autorização do príncipe regente, seu marido, por decreto de 4 de Novembro de 1801, com a designação de Ordem das Damas Nobres de Santa Isabel, cujos estatutos foram confirmados pelo alvará de 25 de Abril de 1804

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