22/08/06

TORRADAS E OUTROS...



Hoje acordei com o cheiro das torradinhas de LISBOA.
Sou louco por torradas.Quando era pequeno a minha mãe levava-me ao médico ao Largo de São Cristovão em plena Costa do Castelo.No regresso, se me portasse bem e aceitasse de bom grado as incursões do médico seria comtemplado com uma torradinha francessa, na pastelaria Monsanto,ali na rua do poço dos negros.
Era o delírio.O pão de forma aparado, a manteiga empapando o pão e o garoto,outra bebida miraculosa que só existe em Lisboa,a fumegar na chávena minúscula.
Ainda hoje tenho o costume,talvez até mania, de comer todas as manhãs uma torradinha com manteiga,que nem a mais ascética dieta me inibe.
Aqui no Brazil cozo o pão que eu próprio amasso, para ter o prazer das torradas.
Todas as manhãs me lembro da minha mãe e por agora fico a imaginar outars bocas que também gostam de torradas.



Joana Banana,

A Maria João vai-se embora.Estou desolado.É como se um braço me tivesse siso cortado.
Ela vai para melhor.
Ela não quer ir.
Eles não querem que ela vá.
Por cá tudo vou fazer para que no Tempo certo, volte.
Ela sabe que eu vou senti-la sempre.
Ela sente.
Eu por agora vou ter muitas saudades e pedir a OXALÁ que por ela vele, enquanto espero que volte.



VIAJOU...

Os teus passos arrastam-se para longe;
Um som que se afasta e me deixa aqui.
Um novo horizonte irá surgir adiante,
Um caminho virgem feito para ti.
Há histórias de quem foi e se perdeu,
De homens que tropeçam e choram.
Talvez as rotas nunca tenham mapa
E é nas estrelas que os sonhos se afogam.
Por isso, se o destino for demasiado longe
E não te restarem mais forças para caminhar,
Arrasta-te nessa terra estrangeira,
Chora e entrega-te, por fim, ao mar.

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